"Um navio está seguro no porto, mas não é pra isso que servem os navios"
- William Shedd / Roubado da Nárlea. :P
Nessas semanas tenho recebido várias menções acerca do assunto “decisões”. Dentre elas, de forma parcial, as pregações dos últimos três cultos.
Começou quando eu parei pra pensar nessa sina que alguns têm em não tomar decisão alguma e deixar tudo com Deus. Depender de Deus é essencial, mas não desprezemos o fato de que Ele nos dotou de um cérebro e da capacidade de decidir. Olha, cérebro certamente não tem funções estéticas, então pra bonito ele não deve estar aí. Há decisões que meramente cabem a nós, eu acredito, e não creio que Deus jogue “The Sims”, já disse em uma postagem anterior. É aconselhável que se ore pra que Deus nos guie nos nossos rumos. Mas há coisas que são lícitas, e somos livres pra tê-las, para buscá-las. Deus não vai te dizer se amanhã tu deves fazer batata frita ou macarrão no almoço... Te vira, homem!
Mas há outras questões pras quais acabei me direcionando, essas voltadas às decisões menos corriqueiras, mais críticas.
Uma delas: percebi com mais nitidez que há mesmo algo que pode destroçar as possibilidades de uma decisão coerente: o enganoso coração do homem. Pois é... E eu cometia um erro: na minha busca por saber a vontade do Patrão, me via por vezes usando como critério o "sentir paz", o que é às vezes uma tremenda burrada (assusta a colocação? É, eu sei que não é algo muito comum de se ouvir xP).
"Seja a paz de Cristo o critério em vossos corações". Perfect!
Agora... A paz de Cristo! A tremenda burrada ocorre quando a confundimos com a "nossa própria paz", que confunde-se facilmente com o "nosso conforto". Um argumento?
Agora... A paz de Cristo! A tremenda burrada ocorre quando a confundimos com a "nossa própria paz", que confunde-se facilmente com o "nosso conforto". Um argumento?
Conhece alguém que sentiu menos paz que Cristo, antes da crucificação, no Getsemani? Pois é, e imagina se não tivesse feito?! Ele tinha acima de tudo uma decisão, ele queria a humanidade! Queria algo, e decidiu por algo. Paz Ele não tinha, só tinha paz na consciência de querer estar disposto primeiro à vontade do Pai. A “paz no coração” não foi um critério. Parece que há momentos em que uma decisão pode e deve sobrepujar a nossa paz, e é a paz nessa decisão que deve ser o critério. Obviamente há a necessidade do cuidado para que essa decisão, por sua vez, não sobrepuje a vontade de Deus para nós, e nem a Sua voz, que inegavelmente existe.
Abraão, quando levou Isaac ao Monte Carmelo para sacrificá-lo a mando de Deus... Eu não acredito que ele sentia uma paz avassaladora, mas tinha paz na consciência de fazer primeiro a vontade de Deus. Novamente, uma decisão, a de querer a vontade de Deus acima de tudo, sobrepujou o restante.
Temos vários outros exemplos: Paulo, Gideão (esse é bom!), Jonas... Especialmente no caso de Jonas (mas não somente nele) percebemos a busca pelo bem-estar, por livrar-se da carga que a difícil empreitada lhe punha nas costas. Por certo sentiria-se tranqüilo, no mínimo aliviado, se Deus o deixasse seguir em sua própria busca por um caminho que não lhe exigisse tanta fé e esforço.
Tudo o que é difícil nos tira a paz, Cristo que o diga! Tudo o que é de sucesso improvável nos obriga a depender de Deus, exercitar coisinhas complicadas como fé e renúncias, e a idéia geralmente causa desconforto, sejamos sinceros.
Mas nem tudo o que gera desconforto é contrário à vontade de Deus. O desconforto é até uma ferramenta de crescimento, em grande parte das vezes!
Temos vários outros exemplos: Paulo, Gideão (esse é bom!), Jonas... Especialmente no caso de Jonas (mas não somente nele) percebemos a busca pelo bem-estar, por livrar-se da carga que a difícil empreitada lhe punha nas costas. Por certo sentiria-se tranqüilo, no mínimo aliviado, se Deus o deixasse seguir em sua própria busca por um caminho que não lhe exigisse tanta fé e esforço.
Tudo o que é difícil nos tira a paz, Cristo que o diga! Tudo o que é de sucesso improvável nos obriga a depender de Deus, exercitar coisinhas complicadas como fé e renúncias, e a idéia geralmente causa desconforto, sejamos sinceros.
Mas nem tudo o que gera desconforto é contrário à vontade de Deus. O desconforto é até uma ferramenta de crescimento, em grande parte das vezes!
Deus não mima, tchê! Se nos mimasse, seu amor seria menor, como disse Lewis, em outras palavras.
Há uma missão, há dificuldades, estamos em guerra. Deus cria leões, que sabem ser mansos e alegres, mas sabem enfrentar as hienas. Não cria filhos para que ajam feito antílopes saltitantes numa pastagem farta cheia de córregos. Faça-me o favor, eu tenho mais o que fazer... xP
Há uma missão, há dificuldades, estamos em guerra. Deus cria leões, que sabem ser mansos e alegres, mas sabem enfrentar as hienas. Não cria filhos para que ajam feito antílopes saltitantes numa pastagem farta cheia de córregos. Faça-me o favor, eu tenho mais o que fazer... xP
Bem, é um assunto complicado, eu sei bem.
Mas como? Sentir paz! Os crentes batem tanto nessa tecla! "Sinto paz nisso", "Não senti paz naquilo". Tudo bem! E muitas vezes é imprudência não levar isso em consideração. Mas só com a plena consciência da fonte dessa paz, capicci? Quando a paz estiver escorada em nosso conforto, é bom no mínimo parar pra pensar. É claro que o nosso bem-estar pode fazer parte do pacote! Deus não é nenhum carrasco! :P, Mas repito, é bom parar pra pensar.
Mas como? Sentir paz! Os crentes batem tanto nessa tecla! "Sinto paz nisso", "Não senti paz naquilo". Tudo bem! E muitas vezes é imprudência não levar isso em consideração. Mas só com a plena consciência da fonte dessa paz, capicci? Quando a paz estiver escorada em nosso conforto, é bom no mínimo parar pra pensar. É claro que o nosso bem-estar pode fazer parte do pacote! Deus não é nenhum carrasco! :P, Mas repito, é bom parar pra pensar.
Dane-se o conforto, dane-se! Às vezes a gente pensa ter aprendido uma lição, e cai no mesmo erro em um tempo tão curto que chega a envergonhar.
O cristianismo não é um mar de rosas, é um campo de batalha. Procure um mar de rosas e talvez tu encontre e tenha aquela vida bonitinha, mas conviva com a consciência de que tu és um cristão medíocre!
Bem, eu não tenho respostas, nem soluções, mas foi algo no qual eu me vi prestando muita atenção, e creio que tenha sido produtivo. Em virtude não ser algo tão ortodoxo, tenho um certo receio de expor meus devaneios, mas faz parte da vida. :P
É isso aí! Deixem suas observações aí em baixo!
:]
Fiquem com Deus! o/
bom, o que eu tenho pra dizer é que tu escolhestes um assunto muito interessante, e muito prático, muito frequente na minha vida, pelo menos. E particularmente falando, como tu disse, eu me vi em alguns momentos meio dependente dessa "paz" mais por conta da cobrança disso no meio cristão, do que por minha própria vontade. Daí, quando a gente tá no meio da situação e não sabe o que fazer usa como critério essa paz, que as vezes nem vai vir, porque afinal, Deus é um cara surpreendente! O ponto é que muitos cristãos (e me incluo nisso) nunca pararam pra pensar pelo teu ponto de vista, e as vezes nem porque não querem, mas foram criados em uma religião assim, mais "sentimentos sobrenaturais" e menos de Deus! Belo post, mano Ti! me fez refletir sobre minha vida, de verdade .. e que a fonte das nossas vidas seja o único que pode detectar essa falta paz, e abrir nossos olhos de uma vez!
ResponderExcluir(tá ficando melhor a cada post esse blog!)
"A sabedoria mora em uma cabana no campo, bem longe do senso comum" :P
ResponderExcluirUm toque cirúrgico num ponto muito delicado! Conforto é um vício ¬¬
Pra mim, indecisa que só... é difícil isso tbm. Além da "Paz" outro argumento que uso e mtas vzs tropeço é: "Se for da vontade de Deus vai acontecer..." Assunto delicado. Não está errado, mas como já dito: "Deus não moverá uma palha para fazer aquilo que nos compete, mas Seu Reino inteiro por aquilo que não está ao nosso alcance". Tem coisas q só nos podemos fazer, e é nessas horas que da o entrevero. hehe Abraço
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