quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Geração "Y"

  Meu pai escreve um artigo por semana para o jornal local "Opinião". Na minha opinião são artigos deveras muito bons, mas o aqui referido me agradou em especial.
  Eu havia planejado postar, meu irmão também, e ele foi mais rápido. Dado o fato, não há motivos para que a postagem não leve um link ao blog dele.
  Quem quiser comentar, portanto, comente lá. :P

É isso aí! Vale a pena ler, gurizada! Não por nada que ia parar no meu blog! :]
Boa leitura! o/
Para ler o artigo: Um Mirante Para Verstellen (clique aqui).

domingo, 7 de novembro de 2010

Estação de tratamento

  Ontem na reunião de jovens, em meio a um estudo de outro enfoque, foi comentado o fato de a salvação da alma ocorrer em suma da graça de Deus, e não das obras do homem. Mas cá entre nós, isso não é tão óbvio. Digo que não é em virtude de ser tamanho o número dos que simplesmente não compreendem a questão.
  Feito lá o comentário, eu admito que me perdi no assunto da reunião pra ficar divagando. Há tantas pessoas boas, caridosas, justas na medida do possível, tão melhores que alguns cristãos! Não me basta chegar a elas e dizer: “nada do que tu faz tem valor”.
  Bem, no fim das contas talvez a questão não seja um bicho de sete cabeças. Há atitudes que nos desagradam, com as quais nos incomoda conviver, da mesma forma que nos é repulsivo permanecer num local que cheira mal, e imagino que o pecado seja assim para Deus. Ele não é obrigado a conviver com isso e nem vai!
  É fato sabido que as obras não compensam o pecado, não o pagam. Elas não salvam, são conseqüência da nossa salvação. E a divagação foi pra tentar entender como isso funciona. Eu não sei se é bem por aí, mas pensei numa forma de exemplificar que talvez faça sentido:
  Água! Pegue o ser humano e torne-o água. Uma mínima quantidade lama, por pequena que seja, suja a água por completo. Você é uma água suja! É isso aí! A água nesse estado pode servir pra causas admiráveis! Com ela as plantas podem ser regadas e os animais podem ter seu sofrimento amenizado, sendo refrescados num dia quente, por exemplo. Vê? Tem valor! A água suja pode até ter usos louváveis, mas não deixará por isso de ser uma água suja, e água suja não pode circular nos encanamentos da casa. Tem seus usos, mas não serve pra estar na habitação de Deus. Todos os atos de bondade do mundo, no fim das contas, não seriam um meio de te absolver, de limpar essa lama dissolvida no âmago da tua alma.
  Salvação... E aí? O que um bocado de água deve fazer pra circular na habitação preparada por Deus? Regar plantinhas e refrescar animais é que não. Ela deve passar pelo filtro! Depois disso poderá fazer essas coisas e uma porção de outras mais. Quando essa água pensante arrepende-se de ter ido de encontro a toda aquela sujeira, terá à sua disposição o filtro.  Ele proporciona a oportunidade de a água deixar para trás toda aquela lama, para tornar-se potável. Cristo nos proporciona a oportunidade de deixarmos para trás o pecado e nos tornarmos aceitáveis, puros perante Deus. Assim como o peso da lama cai sobre o filtro, o peso do nosso pecado caiu sobre Cristo.
  Conviveremos com a essência pura de Deus uma vez que formos igualmente puros. Nascemos sujos, mas se formos limpos, absolvidos, filtrados, nos faremos aceitáveis! Até que é simples! :P
  Pra encerrar lembro que passar pelo filtro não é tão fácil. Envolve negação e tudo mais. É o caminho estreito :D, mas é o único caminho! E é recompensador! Nada como consciência de ser uma água cristalina, pura e aceitável ao Patrão.
  Deus abençoe vocês, gurizada! o/

Ticiano Castoldi

O "Efeito Halo"


 Edward Thomas Bastos, um psicólogo americano, foi quem desenvolveu o termo, durante a Primeira Guerra Mundial.
  Sempre pensei nisso, levei em consideração e tentei fugir - às vezes sem sucesso - desse dito "efeito halo". O conceito é velho conhecido da maioria, mas não o termo, e assim era comigo também. Me deparei com um pequeno artigo em um blog (não me pergunte em qual, infelizmente esqueci - -) que falava dos 10 bugs mais comuns do nosso cérebro, sendo este um deles. Não vou explicar as questões neurológicas que desembocam no efeito, mas vou me usar de uma simples questão moral.
  O termo basicamente se refere ao ato de julgarmos uma pessoa por atitudes isoladas, sem o devido contexto. Por exemplo: um empregado chega atrasado ao trabalho três dias consecutivos. Para o patrão, ele passará a ser considerado um empregado preguiçoso, que não gosta de trabalhar, enfim, um mau funcionário. Podem existir mil motivos para os atrasos, mil argumentos plausíveis, mas pouco importa o contexto, a imagem está construída na mente do chefe que preferiu levar em consideração esses fatos isolados.
  Obviamente construímos nossa imagem através das atitudes, e jamais devemos usar um argumento como esse se de fato erramos. Bom, e não há muitas outras formas de se construir uma imagem de alguém que não pelas atitudes, pelo comportamento, eu concordo. Mas creio ser coerente que sejamos cuidadosos ao julgar alguém seguindo esses critérios.
  Já ouvi de autoridades minhas expressões como: "só aceite a repreensão, não precisa se justificar", ou aquele "explica mas não justifica" (eu ainda tô pra entender a diferença entre os dois, quando há, afinal, uma justificativa). Oras, e se há uma justificativa, por que raios eu não deveria ter o direito de expô-la? É fácil repreender alguém que está abaixo de ti, mas chato parar para ouvi-lo. É, porém, algo necessário, justo e, eu diria, ético dar o direito de exposição dos fatos, bem como é ético buscar de alguém essa explicação quando deste formamos uma imagem possivelmente denegrida.
  Mas não cabe apenas a hierarquias. É algo a ser levado em consideração em todos os âmbitos dos nosso relacionamentos. Talvez Deus nos ame mais que nós uns aos outros por ver a essência, o que há de bom, de positivo no homem, e esse nobre ato de buscar antes ver o valor que há no próximo, deve estar diretamente ligado ao "amar", segundo Cristo fala. Há pessoas cheias de defeitos ao meu redor, mas tento fazer o exercício de lembrar das suas virtudes, da mesma forma que decerto os que me querem bem suportam esse mundo de defeitos que trago comigo. Essas virtudes que podemos priorizar nos outros podem ser às vezes algo tão 'épico' que os defeitos tornam-se fáceis de engolir. xP
  Ver o lado bom das coisas, das pessoas, eu consideraria um bom conselho. Não julgá-las precipitadamente deveria ser lei, eu diria.

Ticiano Castoldi